Percebendo as Imagens – LUZ

| Técnica Fotográfica

Essencialmente, fotografar é ilustrar com a luz. Por isso, entender o básico sobre a luz (em técnica fotográfica), como o melhor horário, sua temperatura de cor etc é crucial para fazer uma boa foto.

Compreender como a luz opera nos equipamentos digitais nos ajuda a entender como as cores se desenham e se alteram enquanto fotografamos.

Dessa forma, a sensação de cor é produzida por raios de luz refletidos ou transmitidos por um objeto.

Entendendo a Luz | Técnica Fotográfica

Raio

A princípio, um raio de luz pode ser considerado uma onda eletromagnética, parte da série mais ampla de ondas eletromagnéticas que viajam pelo espaço. Por isso, ela é descrita por seu comprimento de onda e por sua frequência.

Comprimento e Frequência

Por sua vez, o comprimento de onda é a distância entre dois pontos adjacentes correspondentes no padrão de onda. Do mesmo modo, a frequência se refere ao número de ondas passando por um ponto determinado, a cada segundo.

Portanto, o produto do comprimento de onda pela frequência é igual à velocidade da onda.

O Espectro

Por outro lado, o espectro eletromagnético se estende desde comprimentos de onda de 0,0000001 nanômetro (nm) a 1000 km.

Aquilo que chamamos de luz é a parte visível do espectro, de aproximadamente 400 nm até cerca de 700 nm. Levando-se em consideração que 1 nm é igual a 1/1000000000 m, fica claro que o espectro visual representa uma parte bem pequena do espectro eletromagnético.

Abaixo dos 390 nm se encontra a faixa de radiação ultravioleta (UV) e acima dos 760 nm se encontra a faixa infravermelha (IV). As radiações UV e IV, portanto, não são visíveis.

Em câmeras digitais, os sensores eletrônicos do tipo dispositivo de carga acoplada (CCD – charge-coupled device) e o semicondutor de óxido metálico complementar (CMOS – complementary metal oxide semiconductor) são sensíveis aos raios infravermelhos […] A luz branca é uma mistura de raios coloridos.

Luz Branca

Sir Isaac Newton mostrou que quando a luz branca incide em um prisma de vidro transparente, ela não é apenas desviada, como também refratada em muitos raios coloridos: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta.

A magnitude da refração depende do comprimento de onda do raio. Isso mostrou que a luz branca consistia em raios de diferentes comprimentos de onda, que correspondem às cores que vemos no espectro (LANGFORD, 2013, pp. 2,3).

As figuras abaixo, ilustram o comprimento de onda e a incidência sobre o prisma denotados por LANGFORD (2013):

Comprimento de onda luminosa | Técnica Fotográfica

Luz através do prisma, gerando cores no espectro visível ao olho humano

Portanto, se os olhos percebem os objetos a partir da reflexão de luz, é a partir da entrada dessa mesma luz pela objetiva da câmera que registramos e percebemos a informação contida nas imagens.

Isso é apenas um apanhado geral | Técnica Fotográfica

Embora você possa se aprofundar nos conceitos físicos avançados de compreensão da incidência de luz nos objetos, o objetivo deste artigo é propor o entendimento dos efeitos da iluminação através de sua câmera e das respostas que ela oferece durante o registro das imagens.

Entretanto, ao longo de outros artigos sobre técnica fotográfica que publicarei, verá que a luz é de extrema importância para operar a câmera independente dos modos de uso, sejam eles automáticos ou manuais.

Diferentes tipos de luz durante o dia | Técnica Fotográfica

Primeiramente, na prática, compare a percepção de luz da câmera ao próprio olho humano. Um dia claro e ensolarado parece revelar muito mais cores e detalhes do que um fim de tarde chuvoso.

De forma igual, olhar direto para o sol, fará com que você fique por alguns instantes com a visão embaralhada, devido ao excesso de luz recebida pela córnea, que deve distribuir essa onda de luz para a retina.

Assim como nossos olhos têm, na pupila, o movimento de abrir e fechar dosando a entrada de luz, assim também é com o diafragma da câmera.

Portanto, ao fotografar, lembrar-se que a luz (e como administrá-la no equipamento), assim como em nossos olhos, é o que faz a diferença em nos resultados.

Uma foto registrada à luz da manhã, possibilitará diferentes resultados da mesma imagem registrada ao pôr do sol.

Da mesma forma, apontar a câmera direto para a luz, fará com que ela fique “cega” ao invés de registrar a imagem.

No entanto, uma foto feita à noite, sem o auxílio de luz extra, revelará menos detalhes do que a mesma imagem produzida durante um dia ensolarado.


Enfim, nos encontraremos no próximo artigo sobre técnica fotográfica.


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